O tecido cinzento do sertão
Com um toque de Deus mudou de cor
Vi a manta que cobre a mãe natura
Desbotando co’a força do sol quente
Embriões que morriam na semente
Quando o homem plantava na quentura.
Mas a chuva chegou, trouxe a mistura
Que faltava ao sertão quase incolor.
Co’o pincel da bondade o criador
Fez retoques nas vestes do meu chão
O tecido cinzento do sertão
Com um toque de Deus mudou de cor.
A paisagem cinzento-esbranquiçada
Cores vivas de novo recebeu,
A caatinga que tanto padeceu
Teve um pouco da dor aliviada.
Cada gota de chuva derramada
Injetava na terra mais vigor
Abrandando uma parte do calor,
Alegrando outra vez o meu torrão
O tecido cinzento do sertão
Com um toque de Deus mudou de cor.
Elenilda Amaral 04-04-13
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